Sunday, November 14, 2004
Pagamento com juros x previdência
Boa parte das análises sobre finanças públicas no Brasil dizem que o gasto do governo com os juros é extremamente alto, a ponto de comprometer várias políticas sociais.
Mas o Valor Econômico publicou neste 10 de novembro um artigo de Fábio Giambiagi no qual ele afirma que os gastos reais com juros (descontado o efeito da inflação) são menores no período 2001 a 2004 do que foram no período entre 1996 e 2000. E que a despesa com pagamento de pensões e aposentadorias, como percentagem do PIB, aumenta ano a ano desde 1988 e já chega a 7,3 % do PIB. Os gastos com juros estariam em 4%.
Uma reprodução do artigo foi devidamente colocada na web, dividida em duas partes.
O Luis Nassif se referiu indiretamente a esse artigo na sua coluna de sábado da Folha de São Paulo. Só faltou ele xingar o Giambiagi! Para quem não é assinante da Folha ou do UOL, os parágrafos mais interessantes são os primeiros:
Em um jornal econômico, o economista se retorce em cálculos para mostrar que o custo dos juros reais na dívida pública brasileira "não passa de 4% do PIB". O problema, mesmo, é a Previdência Social, que consome mais que isso. Um permite a acumulação pela acumulação; o outro é instrumento de política social. Não importa. E viva a estupidez nacional, que ainda aceita esses argumentos!
(...)
Seria exagero afirmar que esteja ocorrendo uma epidemia de estupidez e que seja irreversível essa perda de identidade e de valores nacionais. Esse processo se dá exclusivamente em um segmento da vida nacional, a geração "cabeça de planilha" e seus tutores, e ganha relevância pela fé cega que ainda lhes dedica segmentos importantes da opinião pública.
O que espanta é que, dez anos depois, suas mandrakarias continuem ecoando em setores da opinião pública, com essa interminável "lição de casa". Todo o recurso público que, de alguma maneira, retorna para a população é estigmatizado, como se fosse desperdício e obstáculo à racionalização.
Mas o Valor Econômico publicou neste 10 de novembro um artigo de Fábio Giambiagi no qual ele afirma que os gastos reais com juros (descontado o efeito da inflação) são menores no período 2001 a 2004 do que foram no período entre 1996 e 2000. E que a despesa com pagamento de pensões e aposentadorias, como percentagem do PIB, aumenta ano a ano desde 1988 e já chega a 7,3 % do PIB. Os gastos com juros estariam em 4%.
Uma reprodução do artigo foi devidamente colocada na web, dividida em duas partes.
O Luis Nassif se referiu indiretamente a esse artigo na sua coluna de sábado da Folha de São Paulo. Só faltou ele xingar o Giambiagi! Para quem não é assinante da Folha ou do UOL, os parágrafos mais interessantes são os primeiros:
Em um jornal econômico, o economista se retorce em cálculos para mostrar que o custo dos juros reais na dívida pública brasileira "não passa de 4% do PIB". O problema, mesmo, é a Previdência Social, que consome mais que isso. Um permite a acumulação pela acumulação; o outro é instrumento de política social. Não importa. E viva a estupidez nacional, que ainda aceita esses argumentos!
(...)
Seria exagero afirmar que esteja ocorrendo uma epidemia de estupidez e que seja irreversível essa perda de identidade e de valores nacionais. Esse processo se dá exclusivamente em um segmento da vida nacional, a geração "cabeça de planilha" e seus tutores, e ganha relevância pela fé cega que ainda lhes dedica segmentos importantes da opinião pública.
O que espanta é que, dez anos depois, suas mandrakarias continuem ecoando em setores da opinião pública, com essa interminável "lição de casa". Todo o recurso público que, de alguma maneira, retorna para a população é estigmatizado, como se fosse desperdício e obstáculo à racionalização.
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Experimenta salvar o link. No Mac, como você não tem o botão direito, acho que você precisa apertar aquela tecla com um desenho estranho antes de clicar no link.
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