Friday, January 28, 2005

 

ADSL e o Windows 98

Como fazer conectar um velho computador, com Windows 98, à internet pelo Velox? Essa dúvida me apareceu nos últimos dias, pois trouxe de volta à vida meu velho computador Pentium II 300. O primeiro passo foi comprar uma placa de rede 10/100 (R$ 20), abrir o bichinho e instalar a placa no slot PCI. Mas esse é só o primeiro passo.

Tenho em casa um modem ADSL Speedstream, fornecido pela Telemar aos assinantes Velox. Vi que havia duas possibilidades para usar o Velox com o Windows 98: instalar um protocolo PPPoE no computador ou transformar o modem ADSL, que está em modo bridge, para modo roteador (router).

1ª Opção:
Primeiro tentei a opção aparentemente mais simples. O Windows XP funciona automaticamente com conexões ADSL porque já oferece suporte nativo a PPPoE, o protocolo necessário para acessar uma conexão ADSL. Existem vários protocolos PPPoE compatíveis com o Windows 98, mas tentei o RASPPPOE, porque foi o primeiro gratuito que encontrei.
Se quiser instalar o RASPPPOE, dê uma olhada nas instruções do site. Não é muito complicado, mas não se resume a clicar sobre caixas de diálogo. Em linhas gerais, é preciso instalar o protocolo PPPoE no seu computador, reiniciar ele, e em seguida criar uma conexão para o Velox, como se faria para uma conexão discada.
Não gostei do RASPPPOE porque após sua instalação o computador me pareceu um pouco mais instável – ele, por exemplo, travava ao desligar. Esse problema está documentado, é preciso baixar uma atualização do site da Microsoft, mas, como de qualquer maneira iria precisar transformar meu modem ADSL em roteador, retirei o RASPPPOE do meu computador.

2ª Opção:
Transformar o modem ADSL em roteador é a solução mais elegante, mas de execução um pouco mais complicada. Além disso, se algo não for feito corretamente, não é possível ter acesso ao Velox, sendo necessário chamar a Telemar, conversar com os atendentes e explicar o que deu errado.
A conversão do modem em roteador é explicada com detalhes em um documento no site da Associação Brasileira de Usuários de Acesso Rápido (Abusar). O primeiro passo é atualizar o firmware do aparelho, o que não sei se pode ser feito a partir de um computador com Windows 98. Atualizei o firmware a partir de um computador com Windows XP, conectado diretamente ao ADSL modem por um cabo de rede. Depois será preciso configurar o roteador. Quem não tem interesse em atualizar o firmware e configurar o roteador isso pode contratar um técnico, não é difícil encontrar quem saiba fazer essa modificação por uns R$ 50.
Após a configuração do roteador, será preciso mexer no Windows 98 para que ele entenda o funcionamento dessa estrutura de rede. A maneira mais fácil: coloque um CD de instalação do Windows XP, e acesse o menu "Executar tarefas adicionais". Ali, escolha a opção "Configurar uma rede doméstica ou de pequena empresa". Dê OK nas telas seguintes, pois o CD do Windows XP irá instalar alguns arquivos no seu computador. Dê OK em todas as janelas que aparecerem, e reinicie o computador uma ou duas vezes, até o programa de instalação pedir para reiniciar. Em seguida, é só clicar sobre o ícone do Internet Explorer e configurar a rede escolhendo a opção "Acesso a internet por uma rede local (LAN)". Não tem erro.
Outra possibilidade é instalar um Linux moderno, que se configure por DHCP. Instalei no mesmo computador o Conectiva 10, e a rede funcionou de primeira, sem a necessidade de qualquer configuração esotérica.
No caso de um cancelamento de contrato com a Telemar, será preciso reverter ao modo bridge para evitar dores de cabeça - o documento da Abusar também mostra como fazer isso. Uma vantagem de converter o modem para o modo roteador é que, dessa maneira, é possível dividir a conexão para mais de dois computadores, com o uso de um switch e cabos de rede. Outra vantagem é que agora não é mais preciso autenticar a conexão toda vez que se acessa a internet: isso só precisa ser feito no caso de uma falta de luz, se o modem ADSL for desligado ou se houver algum problema na conexão com a rede da Telemar.

Monday, January 24, 2005

 

Quem fala mal do Rio de Janeiro?

Está certo, nossa cidade é barulhenta, super-povoada e um tanto violenta. Lá por dezembro chega um calor amazônico que fica com a gente até fevereiro. Mas algumas coisas ainda fazem o Rio de Janeiro valer a pena.

Domingo eu e minha namorada passeamos com sua prima, que tinha vindo de Belo Horizonte. Fomos na Praça XV, no espaço cultural da Marinha, e fizemos um passeio pela Baía de Guanabara, vendo os mais belos pontos do Rio de Janeiro e Niterói. O dia estava bonito, o céu azul, e no meio da Baía vimos um transatlântico do tamanho de um prédio de 12 andares passar. Vale muito a pena esse passeio, ainda mais porque é baratinho - R$ 8 por pessoa, e quem tiver carteirinha de estudante ainda paga meia.

Saímos de lá e fizemos um programa que o bom senso não recomenda: andar de pedalinho na Lagoa Rodrigo de Freitas. Tem algo de ridículo, mas ainda assim é legal.

Estávamos voltando para casa quando, na rua Vinícius de Moraes, escuto uma banda tocar algo que parecia um jazz, e recebendo muitos aplausos. Chego mais perto, e percebo que, em frente à loja Toca do Vinícius, especializada em Bossa Nova, estava rolando um show super legal, de uma banda chamada Turma da Bossa. O show estava tão legal que em meia-hora eles venderam 600 cópias de seu CD. Para completar, ainda encontrei com uma amiga minha dos tempos de JB, que é amiga da cantora da banda.

Não há nada melhor para encerrar um domingo que um show em frente à Toca do Vinícius. Nesse domingo vai ter um show com marchinhas de carnaval, e na quarta-feira de cinzas mais um show de bossa nova. Sempre às 20hs, e sempre "de grátis". Muito bom!

Tuesday, January 18, 2005

 

Governo Lula começa de verdade agora

Não é segredo que Fernando Henrique tirou muito poder dos ministérios, ao criar as agências reguladoras – Anatel, ANP, Aneel, etc. Os presidentes das agências têm mandato fixo, que não são coincidentes com os do presidente da República. O Globo publicou hoje uma matéria sobre a disputa desses cargos, já que os mandatos dos presidentes estão acabando.

Para a presidência da Agência Nacional do Petróleo, por exemplo, um nome muito cotado é de um deputado do PCdoB da Bahia, Haroldo Lima. Alguns dizem que ele é uma pessoa com “impecáveis credenciais técnicas”, mas uma busca no Google dá como resultado essa biografia publicada no site do próprio PCdoB.

Haroldo Lima se formou em Engenharia Elétrica em 1963, mas é sua atuação política que o está colocando no cargo. Vejamos: ele começou a militar na Juventude Universitária Católica (JUC), esteve no grupo que saiu dela para fundar a Ação Popular, coordenou a entrada da AP no PCdoB, e há anos é membro do Comitê Central e do Politburo (comissão política) do PCdoB. Logo depois dele se formar, chegou a trabalhar em uma empresa de energia elétrica, mas veio o golpe e ele caiu na clandestinidade, e depois da Anistia se dedicou a ser deputado.

Agora o governo Lula não vai poder mais reclamar da “herança maldita”. E escolhendo pessoas assim para cargos-chave da regulação econômica, não sei não...

Sunday, January 16, 2005

 

Quem não é "da paz"?

Outro dia de ônibus passei na Linha Vermelha, e em um dos CIEPs do Complexo do Alemão vi uma pomba branca da paz, com os dizeres: Paz. Achei bonito: para onde será que eles pediam paz? Afeganistão? Iraque? Palestina?


O ônibus continuou andando e vi os barracos daquela que é a maior favela do Rio de Janeiro, e me lembrei que era algo bem mais perto da realidade deles. Ali, se mata e se morre por muito pouco.


Estou lendo um livro sobre a história da relação de Israel com as nações árabes, e as diferenças e semelhanças são interessantes. Uma parte significativa da população palestina é jovem, e vive em condições parecidas com as das favelas brasileiras. A Faixa de Gaza, em particular, é quase um grande favelão. Mas na palestina existe um inimigo claro, e uma guerra civil é travada ali, de maneira aberta, há décadas.


Ali, falar em paz é uma declaração política. Para uma parcela que não é desprezível dos palestinos, apenas a destruição de Israel é um objetivo válido. Isso, é claro, vale também para os israelenses. Alguns parecem crer que todos os árabes e palestinos estão dispostos a acabar com Israel, e que não adianta negociar um acordo que garante paz a Israel e um Estado aos palestinos.


Mas do que adianta falar em paz para o Complexo do Alemão? Ali se trava uma guerra de verdade ou é apenas competição entre “empresários” que, por conta de sua atividade, vivem na ilegalidade e não podem resolver suas disputas em tribunais? E, se fosse para levar a sério isso, como seria composta uma mesa de negociação de paz? Seria entre líderes do tráfico? Ou entre o governo do Estado e os traficantes?


No primeiro caso, seria apenas um acerto entre mafiosos. Já aconteceu antes, vai voltar a acontecer. Dura até que a próxima disputa do tráfico. E uma conversa entre o estado e os traficantes seria inaceitável. Quais seriam os termos de um acordo? “Vocês depõem as armas e nós arranjamos uns empregos para vocês na secretaria de cultura”?


Por isso, toda essa história de “paz”, “queremos paz”, “sou da paz”, não faz sentido. Uma guerra não foi declarada, e não podemos sair dessa situação com um acordo de paz. Nosso problema é a criminalidade, pura e simples. As discussões aqui precisam ser sobre temas mais relevantes, e pararmos de prostituir a palavra “paz”.


O problema é que a polícia entra pouco nas favelas? Ou entra demais? Ou é corrupta? As leis são pouco severas com o tráfico ou o consumo de drogas? Ou, ao contrário, devíamos seguir para o caminho holandês, descriminalizando o consumo e a venda de determinadas drogas?


Tuesday, January 11, 2005

 

Meu próximo computador

Será assim. Afinal, a Apple lança um computador que não te obriga hipotecar a casa.

Tuesday, January 04, 2005

 

De graça!

No começo desse ano algumas empresas que operam pela web estão fazendo promoções, e vou experimentar duas delas.

O jogo Anarchy Online oferece, até 15 de janeiro, download gratuito de seu cliente e um ano de participação no jogo. O Anarchy é um MMRPG - um RPG online e massivo, um mundo virtual onde centenas de pessoas interagem ao mesmo tempo.

E o Linspire, uma das poucas distribuições Linux que cobram pelos seus serviços, oferece também até 15 de janeiro download gratuito e um mês de seu serviço de download de softwares para Linux.

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