Tuesday, May 31, 2005
Too litle, too late
Ontem meia dúzia de deputados do PT lançou formalmente no Rio de Janeiro o "Bloco de Esquerda". A operação-abafa montada pela articulação para tentar conter a CPI deu um bom gancho para o lançamento desse bloco, já que vários desses deputados assinaram o requerimento da CPI.
Mesmo assim, o evento deve ter tido lances meio cômicos. O tal "bloco de esquerda" apóia em três candidatos à presidência do PT: Plínio de Arruda Sampaio, Valter Pomar e Raul Pont. Cacete, esse bloco não consegue sequer chegar a um nome de consenso nem para disputar uma eleição pro forma, que eles sabe que vão perder?
Também é engraçada a reação da articulação ao fato. Ora, aparecem denúncias de corrupção desses aliados de última hora, que volta e meia traem o PT. PSDB e PFL se postam de santos e pedem a CPI, cobrando coerência do PT, que durante os dois mandatos de FH fez vários pedidos de CPI. E agora a articulação diz que o principal problema é justamente com seus aliados de primeira hora, que pecam por manter sua coerência. Realmente é demais.
Não sei a efetividade desse movimento. Ele claramente sinaliza para um racha, procura tornar públicas discussões que antes aconteciam apenas dentro do PT. Na mesma entrevista à Rede Globo em que falou que o Suplicy era "estranho", o Zé Dirceu disse que encarava os que assinavam a CPI como oposição pura e simples. Falou que eles deveriam procurar outro partido, da mesma maneira que o PSTU e o P-SOL nasceram de rachas do PT.
Certamente os petistas que assinaram a CPI volta e meia devem se perguntar: "O que eu estou fazendo aqui?". Mas o discurso deles ainda é muito de "convencer o presidente, mudar os rumos do governo". Mas essa hora já passou, era melhor colocar o bloco na rua, ganhar respaldo diretamente da população em uma eleição e apoiar o governo Lula como gente grande. Atualmente quando o Roberto Jefferson ou o Severino Cavalcanti negociam com o PT alguma coisa, parecem "grandes políticos", enquanto as reclamações da esquerda do PT soam como choramingos de filhos rebeldes.
Pensando bem, a esquerda do PT atualmente está com os problemas que merece...
Mesmo assim, o evento deve ter tido lances meio cômicos. O tal "bloco de esquerda" apóia em três candidatos à presidência do PT: Plínio de Arruda Sampaio, Valter Pomar e Raul Pont. Cacete, esse bloco não consegue sequer chegar a um nome de consenso nem para disputar uma eleição pro forma, que eles sabe que vão perder?
Também é engraçada a reação da articulação ao fato. Ora, aparecem denúncias de corrupção desses aliados de última hora, que volta e meia traem o PT. PSDB e PFL se postam de santos e pedem a CPI, cobrando coerência do PT, que durante os dois mandatos de FH fez vários pedidos de CPI. E agora a articulação diz que o principal problema é justamente com seus aliados de primeira hora, que pecam por manter sua coerência. Realmente é demais.
Não sei a efetividade desse movimento. Ele claramente sinaliza para um racha, procura tornar públicas discussões que antes aconteciam apenas dentro do PT. Na mesma entrevista à Rede Globo em que falou que o Suplicy era "estranho", o Zé Dirceu disse que encarava os que assinavam a CPI como oposição pura e simples. Falou que eles deveriam procurar outro partido, da mesma maneira que o PSTU e o P-SOL nasceram de rachas do PT.
Certamente os petistas que assinaram a CPI volta e meia devem se perguntar: "O que eu estou fazendo aqui?". Mas o discurso deles ainda é muito de "convencer o presidente, mudar os rumos do governo". Mas essa hora já passou, era melhor colocar o bloco na rua, ganhar respaldo diretamente da população em uma eleição e apoiar o governo Lula como gente grande. Atualmente quando o Roberto Jefferson ou o Severino Cavalcanti negociam com o PT alguma coisa, parecem "grandes políticos", enquanto as reclamações da esquerda do PT soam como choramingos de filhos rebeldes.
Pensando bem, a esquerda do PT atualmente está com os problemas que merece...
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