Tuesday, September 28, 2004
Seminário estranho....
Agora bolei. Imagine a situação: na sua empresa você recebe um convite de seu chefe a participar de um seminário sobre crescimento pessoal, coisa e tal, coisa aparentemente leve. Mas, na inscrição, assina um "termo de exoneração" com um trecho que diz:
Estou ciente de que nas próximas 2 (duas) semanas após o término do Seminário deverei manter um período de reflexão durante o qual não deverei provocar nenhuma mudança importante na minha vida.
De posse de todas as informações que me foram apresentadas, assino este termo exonerando os Seminários Insight e seus agentes de qualquer responsabilidade de minhas atitudes e comportamentos após a participação neste Seminário Educativo.
Sem contar que, se eu estivesse passando por algum tipo de orientação psicológica ou psicoterapia, meu médico precisaria dar anuência para que eu possa participar do evento. Sei não...
Um colega meu participou de um seminário parecido, mas me falou que não me contaria muito do que iria acontecer "porque senão você chegaria lá cheio de defesas psicológicas". Eu não sou como ele, nos próximos dias vou escrever sobre esse tal seminário. Afinal, de qualquer maneira, ninguém lê esse site mesmo... :-)
Estou ciente de que nas próximas 2 (duas) semanas após o término do Seminário deverei manter um período de reflexão durante o qual não deverei provocar nenhuma mudança importante na minha vida.
De posse de todas as informações que me foram apresentadas, assino este termo exonerando os Seminários Insight e seus agentes de qualquer responsabilidade de minhas atitudes e comportamentos após a participação neste Seminário Educativo.
Sem contar que, se eu estivesse passando por algum tipo de orientação psicológica ou psicoterapia, meu médico precisaria dar anuência para que eu possa participar do evento. Sei não...
Um colega meu participou de um seminário parecido, mas me falou que não me contaria muito do que iria acontecer "porque senão você chegaria lá cheio de defesas psicológicas". Eu não sou como ele, nos próximos dias vou escrever sobre esse tal seminário. Afinal, de qualquer maneira, ninguém lê esse site mesmo... :-)
Thursday, September 23, 2004
Começou a preparação para a guerra conta o Irã
O governo dos Estados Unidos já começou a lustrar os fuzis que serão usados na guerra contra o Irã. Não tenho dúvida que, se Bush for re-eleito, a guerra do Iraque será estendida ao país vizinho.
Na Newsweek de duas semanas atrás uma extensa matéria falava sobre as ligações entre a insurreição em Iraque, chefiada pelo clérigo xiita Muqtada al-Sadr, com o Irã. Declarações de vários oficiais da CIA e do governo americano que o governo iraniano financia a guerrilha americana para impedir uma “vitória fácil dos Estados Unidos”. Segundo esse raciocínio, a guerrilha surgiu no Iraque porque deixaria os Estados Unidos ocupados e dificultaria a abertura de mais um front, no Irã. Deixa a entender que essa pode ser uma desculpa para invadir o país: para acabar com a insurreição no Iraque.
Essa semana a tensão aumentou. O governo israelense anunciou que está comprando bombas e armamentos pesados, que podem ser usados para explodir os reatores nucleares iranianos. Ao mesmo tempo, o ministro do exterior de Israel pediu para que o desrespeito do Irã às determinações da agência internacional de energia atômica seja levado ao conselho de segurança da ONU. Todos lembraram que no começo da década de 80 Israel bombardeou os reatores nucleares do Iraque, e que isso podia acontecer com os vizinhos persas. Mais um motivo para a guerra: weapons of mass destruction!
Colin Powell declarou que os Estados Unidos não pretendem invadir o Irã. Os operadores do mercado de petróleo, que não são otários, entenderam isso como um recado de que não há nenhuma invasão planejada para os próximos meses, mas que isso está no horizonte. O preço do petróleo disparou, mais uma vez.
Acho que, para descontrair o ambiente, o governo do Irã disse que seu programa nuclear não tem objetivos militares, e que pretende apenas gerar “energia elétrica”. Pêra aí: o país que nada sobre combustíveis, e tem a segunda reserva de óleo do mundo (depois da Arábia) e a segunda reserva de gás natural (depois da Rússia), precisa recorrer à energia nuclear para gerar eletricidade? Conta outra...
Na Newsweek de duas semanas atrás uma extensa matéria falava sobre as ligações entre a insurreição em Iraque, chefiada pelo clérigo xiita Muqtada al-Sadr, com o Irã. Declarações de vários oficiais da CIA e do governo americano que o governo iraniano financia a guerrilha americana para impedir uma “vitória fácil dos Estados Unidos”. Segundo esse raciocínio, a guerrilha surgiu no Iraque porque deixaria os Estados Unidos ocupados e dificultaria a abertura de mais um front, no Irã. Deixa a entender que essa pode ser uma desculpa para invadir o país: para acabar com a insurreição no Iraque.
Essa semana a tensão aumentou. O governo israelense anunciou que está comprando bombas e armamentos pesados, que podem ser usados para explodir os reatores nucleares iranianos. Ao mesmo tempo, o ministro do exterior de Israel pediu para que o desrespeito do Irã às determinações da agência internacional de energia atômica seja levado ao conselho de segurança da ONU. Todos lembraram que no começo da década de 80 Israel bombardeou os reatores nucleares do Iraque, e que isso podia acontecer com os vizinhos persas. Mais um motivo para a guerra: weapons of mass destruction!
Colin Powell declarou que os Estados Unidos não pretendem invadir o Irã. Os operadores do mercado de petróleo, que não são otários, entenderam isso como um recado de que não há nenhuma invasão planejada para os próximos meses, mas que isso está no horizonte. O preço do petróleo disparou, mais uma vez.
Acho que, para descontrair o ambiente, o governo do Irã disse que seu programa nuclear não tem objetivos militares, e que pretende apenas gerar “energia elétrica”. Pêra aí: o país que nada sobre combustíveis, e tem a segunda reserva de óleo do mundo (depois da Arábia) e a segunda reserva de gás natural (depois da Rússia), precisa recorrer à energia nuclear para gerar eletricidade? Conta outra...
Friday, September 17, 2004
Dia normal no Rio
O tiroteio é tão carioca quanto praia, pagode e caipirinha. Me arrumando para sair de casa, escuto que houve uma troca de tiros entre policiais e assaltantes no viaduto que passa sobre a linha férrea, perto da estação de metrô e trem de São Cristóvão. Todo dia passo por essa estação para chegar ao trabalho, mas como estava atrasado hoje peguei um táxi.
Um assaltante morreu na briga, deixando o trânsito engarrafado. Com isso, cheguei na General Canabarro com o relógio marcando 9h01 – um minuto de atraso. Uma colega me diz que no tiroteio os assaltantes chegaram até a atirar uma granada, e que o segurança do prédio contou que às cinco da manhã já tinha rolado um tiroteio na Mangueira, que fica aqui perto.
O repórter da CBN falou mais do trânsito engarrafado que das cenas de faroeste. Acho que o carioca está ficando acostumado demais com tiros e granadas.
Um assaltante morreu na briga, deixando o trânsito engarrafado. Com isso, cheguei na General Canabarro com o relógio marcando 9h01 – um minuto de atraso. Uma colega me diz que no tiroteio os assaltantes chegaram até a atirar uma granada, e que o segurança do prédio contou que às cinco da manhã já tinha rolado um tiroteio na Mangueira, que fica aqui perto.
O repórter da CBN falou mais do trânsito engarrafado que das cenas de faroeste. Acho que o carioca está ficando acostumado demais com tiros e granadas.
Wednesday, September 15, 2004
SP2
O Império do Mal lançou, finalmente, o Service Pack 2 do Windows XP para português brasileiro. Como não sou bobo, vou baixar a versão completa do monstrengo durante a madrugada, gravar em um CD e depois instalar no meu computador. Se não, da próxima vez que um worm atacar meu computador e eu precisar reinstalar o Windows, precisarei baixar de novo o SP2.
Faculdade
Onze horas, só agora estou em casa novamente. O ritmo está puxado, mas estou conseguindo levar o trabalho e a faculdade de economia sem muito stress. Também não estou cursando a faculdade a todo vapor, tranquei uma cadeira que não me acrescentaria muito (Ciência Política, que ironia, Aline!) para cursar as outras com mais calma.
E, no geral, estou achando o curso bom. Enquanto na faculdade de comunicação era uma bagunça total, com a maioria dos professores apenas passando "trabalhinhos" como forma de avaliação, na Cândido são duas provas por semestre, e quem não estuda fica pelo caminho. As cadeiras de matemática, microeconomia e macroeconomia são especialmente boas para ceifar os turistas.
No curso de comunicação, era quatro meses sem fazer nada, de vez em quando ler a cópia xerox de um capítulo de um livro de algum francês pirado (Deleuze, Guatarry, Baudrillard, escolham um) e durante uma semana ficar meio atarefado escrevendo aqueles "trabalhinhos". E, o pior, quando sair da faculdade e começar a trabalhar, descobrir que aquela filosofada foi completamente inútil e que era completamente ignorante em relação a muita coisa.
Sinceramente, acho que o curso de comunicação social não tem jeito. Outro dia desenvolvo melhor esse pensamento.
E, no geral, estou achando o curso bom. Enquanto na faculdade de comunicação era uma bagunça total, com a maioria dos professores apenas passando "trabalhinhos" como forma de avaliação, na Cândido são duas provas por semestre, e quem não estuda fica pelo caminho. As cadeiras de matemática, microeconomia e macroeconomia são especialmente boas para ceifar os turistas.
No curso de comunicação, era quatro meses sem fazer nada, de vez em quando ler a cópia xerox de um capítulo de um livro de algum francês pirado (Deleuze, Guatarry, Baudrillard, escolham um) e durante uma semana ficar meio atarefado escrevendo aqueles "trabalhinhos". E, o pior, quando sair da faculdade e começar a trabalhar, descobrir que aquela filosofada foi completamente inútil e que era completamente ignorante em relação a muita coisa.
Sinceramente, acho que o curso de comunicação social não tem jeito. Outro dia desenvolvo melhor esse pensamento.
Surrealismo árabe
Hoje a outrora poderosa Opep se reuniu em Viena e decidiu que "aumentaria" sua cota de produção de petróleo para 27 milhões* de barris por dia. Tudo muito bem, a não ser pelo fato que estima-se que a produção dos países da Opep já está em mais de 28 milhões de barris por dia. Ainda bem que nem os membros desse cartel levam a sério o que decidem em suas reuniões.
* Esse link leva para um site interno do Globo que exige cadastro, ainda que gratuito. Se você não quer se cadastrar, uma busca no Google te dará a mesma notícia.
* Esse link leva para um site interno do Globo que exige cadastro, ainda que gratuito. Se você não quer se cadastrar, uma busca no Google te dará a mesma notícia.
Tuesday, September 14, 2004
Blogar ou não blogar?
Começou por acaso. Juro. Entrei no blog de um amigo meu. Fiz um comentário. Na hora de fazer o segundo, pensei: "Por que não me cadastro? Assim deixo de comentar anonimamente". Quando percebi, tinha me inscrito no Blogger + Blogspot e possuía meu cantinho virtual.
Por falar nisso, esse blog é interessante. É escrito por três pessoas, e uma delas está nos Estados Unidos, fazendo uma pós-graduação em Ciência Política. Esse post, de agosto, mostra que não é apenas George W Bush que está delirando. Muitos americanos acham que suas tropas são "libertadoras", e que o que estão fazendo com o Iraque é bem parecido com o que fizeram ao expulsar as tropas alemãs da França. Poderia explicar melhor aqui, mas ler o post original é melhor.
Por falar nisso, esse blog é interessante. É escrito por três pessoas, e uma delas está nos Estados Unidos, fazendo uma pós-graduação em Ciência Política. Esse post, de agosto, mostra que não é apenas George W Bush que está delirando. Muitos americanos acham que suas tropas são "libertadoras", e que o que estão fazendo com o Iraque é bem parecido com o que fizeram ao expulsar as tropas alemãs da França. Poderia explicar melhor aqui, mas ler o post original é melhor.
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